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Sou aluna do curso de História da Universidade Estadual da Paraíba, sou educadora do ensino fundamental, tenho 21 anos e resido em Campina Grande à 18 anos desde que me mudei de minha terra natal a grande São Paulo e ainda criança vim para a Paraíba pela qual me considero filha desta terra e fascinada por sua belíssima história...

segunda-feira, 14 de maio de 2012

A LUZ ELÉTRICA NA PARAÍBA


Imagem da chegada da energia elétrica na rua Maciel Pinheiro, Campina Grande,PB.
O século XIX no Brasil oi marcado por dois eventos que resultariam no enaltecimento de novos valores: a instalação da família rela no Brasil (1808) e a proclamação da república (1889). Esses acontecimentos modificaram a estrutura das cidades, mudanças essas devido ao processo de modernização do país.
A iluminação pública passou a ser um dos grandes símbolos da modernidade para o país, sua implantação se deu a partir de diferentes tecnologias modificando o cotidiano e o espaço urbano. Nas cidades brasileiras do século XIX e início do XX, a implementação do serviço de iluminação pública ocorrei de forma lenta, de acordo com a importância econômica da cidade.
Na cidade da Paraíba atual João pessoa, foi um serviço lento e ineficiente. As justificativas eram em torno da fala de investimentos, sendo assim oscilavam-se períodos “claros” e “escuros”, então somente as principais ruas eram iluminadas.
No século XX em 1912 é inaugurada a iluminação elétrica em campina grande, que também foi e não beneficiava a todos. A iluminação pública representava um ideal de progresso. Suas tecnologias iam desde a queima de óleos (como a mamona e de peixe) e de gás, até chegar à elétrica. As cidades passam a ter uma vida noturna. Nas ruas só havia pontos de luz próximos a igrejas, conventos, edifícios e em dias de festas.
Na Paraíba o primeiro vestígio de iluminação pública data de 1822. Até aí a vida era limitada ao badalar dos sinos da igreja que ocorriam às 21 horas indicando que estava na hora de todos dormirem. Essa primeira iluminação foi iniciativa do governo que instalou vinte lampiões na cidade alta alimentados por azeite de mamona, representando um progresso para a época. Mais nos documentos só foram colocados às primeiras iluminações em 1829.
As pesquisas apontam que até 1850 nada havia melhorado em relação a iluminação na Paraíba. A precariedade e a falta de verbas acarretaram na suspensão desses serviços em 1856. Depois disso a cidade só era iluminada em festas. Só se volta a falar na iluminação pública em 1868, agora abastecida a gás.
Foi somente em 1885, que foi definitivamente contratado o serviço de iluminação pública. Os lampiões passaram a ser alimentados de querosene, devido a um contrato firmado entre o governo provincial e o cel. José Ferreira neves Bahia, o que prestava serviço. Mesmo assim as condições permaneceram ineficientes.  Mesmo desta maneira a vida noturna foi prolongada, o lazer e a segurança também, como se observa nesta foto:
Essas mudanças foram tão significativas que no inicio do século XX se intensificaram as discursões acerca da implantação da energia elétrica. Como através do poder público não havia condições para tal feito, correu-se a iniciativa privada.
Então em outubro de 1909 é lançada a Lei n° 320, que no art. 3º do parágrafo 9º autorizava a Assembleia legislativa ao presidente do estado a “promover a execução dos serviços de viação, canalização d’água, esgoto e iluminação desta capital pelos meios de julgas convenientes aos interesses do estado”.
No dia 04 de outubro de 1910, o governador João Lopes Machado contratou o serviço de iluminação e viação urbano elétrico. Esses serviços passavam a ser divididos entre a empresa e o estado. Em 1911, a capital recebia a primeira remessa de postes e assim no dia 14 de março de 1912 era inaugurado o serviço de iluminação pública elétrico na Paraíba.
Inicialmente a luz elétrica se concentrou nos principais ruas da cidade alta e cidade baixa, onde havia maior concentração de habitantes com maior poder aquisitivo, o que evidencia o caráter excludente desse sistema.
Até 1920, Campina Grande apesar de sua importância econômica ainda não tinha energia elétrica, sendo a iluminação da cidade feita através do uso do querosene. O prefeito Cristiano Lauritzen adquiriu um motor de 100 CV e um gerador de 65 KW. O dinheiro da compra do motor foi conseguido por uma comissão de campinenses composta pelo Coronel Jovino do Ó os comerciantes João Uchoa, Mário Cavalcanti e Genaro Cavalcanti, que arrecadaram quarenta contos de réis.


Por: Karina Amâncio

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
    
      A iluminação Pública da cidade da Parahyba: século XIX e início do século XX. Revista de História e Estudos Culturais. Abril/Maio/ Junho de 2009. Vol. 6 ano VI nº 2. www.revistafenix.pro.br. ISSN 1807-6971.
      PORTO, Francisco Evangelista. O mapa da cidade: o papel das  políticas públicas e suas relações com crescimento urbano da cidade de Campina Grande - PB. / Francisco Evangelista Porto – Campina Grande – UEPB,2007.
      estacoesferroviarias.com.br
      Google imagens.

  

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