Imagem da chegada da energia elétrica na rua Maciel Pinheiro, Campina Grande,PB.
O
século XIX no Brasil oi marcado por dois eventos que resultariam no
enaltecimento de novos valores: a instalação da família rela no Brasil (1808) e
a proclamação da república (1889). Esses acontecimentos modificaram a estrutura
das cidades, mudanças essas devido ao processo de modernização do país.
A
iluminação pública passou a ser um dos grandes símbolos da modernidade para o
país, sua implantação se deu a partir de diferentes tecnologias modificando o
cotidiano e o espaço urbano. Nas cidades brasileiras do século XIX e início do
XX, a implementação do serviço de iluminação pública ocorrei de forma lenta, de
acordo com a importância econômica da cidade.
Na
cidade da Paraíba atual João pessoa, foi um serviço lento e ineficiente. As
justificativas eram em torno da fala de investimentos, sendo assim oscilavam-se
períodos “claros” e “escuros”, então somente as principais ruas eram
iluminadas.
No
século XX em 1912 é inaugurada a iluminação elétrica em campina grande, que
também foi e não beneficiava a todos. A iluminação pública representava um
ideal de progresso. Suas tecnologias iam desde a queima de óleos (como a mamona
e de peixe) e de gás, até chegar à elétrica. As cidades passam a ter uma vida
noturna. Nas ruas só havia pontos de luz próximos a igrejas, conventos,
edifícios e em dias de festas.
Na Paraíba o primeiro
vestígio de iluminação pública data de 1822. Até aí a vida era limitada ao
badalar dos sinos da igreja que ocorriam às 21 horas indicando que estava na
hora de todos dormirem. Essa primeira iluminação foi iniciativa do governo que
instalou vinte lampiões na cidade alta alimentados por azeite de mamona,
representando um progresso para a época. Mais nos documentos só foram colocados
às primeiras iluminações em 1829.
As
pesquisas apontam que até 1850 nada havia melhorado em relação a iluminação na
Paraíba. A precariedade e a falta de verbas acarretaram na suspensão desses
serviços em 1856. Depois disso a cidade só era iluminada em festas. Só se volta
a falar na iluminação pública em 1868, agora abastecida a gás.
Foi
somente em 1885, que foi definitivamente contratado o serviço de iluminação
pública. Os lampiões passaram a ser alimentados de querosene, devido a um
contrato firmado entre o governo provincial e o cel. José Ferreira neves Bahia,
o que prestava serviço. Mesmo assim as condições permaneceram
ineficientes. Mesmo desta maneira a vida
noturna foi prolongada, o lazer e a segurança também, como se observa nesta
foto:
Essas
mudanças foram tão significativas que no inicio do século XX se intensificaram
as discursões acerca da implantação da energia elétrica. Como através do poder
público não havia condições para tal feito, correu-se a iniciativa privada.
Então
em outubro de 1909 é lançada a Lei n° 320, que no art. 3º do parágrafo 9º
autorizava a Assembleia legislativa ao presidente do estado a “promover a
execução dos serviços de viação, canalização d’água, esgoto e iluminação desta
capital pelos meios de julgas convenientes aos interesses do estado”.
No
dia 04 de outubro de 1910, o governador João Lopes Machado contratou o serviço
de iluminação e viação urbano elétrico. Esses serviços passavam a ser divididos
entre a empresa e o estado. Em 1911, a capital recebia a primeira remessa de
postes e assim no dia 14 de março de 1912 era inaugurado o serviço de iluminação
pública elétrico na Paraíba.
Inicialmente
a luz elétrica se concentrou nos principais ruas da cidade alta e cidade baixa,
onde havia maior concentração de habitantes com maior poder aquisitivo, o que
evidencia o caráter excludente desse sistema.Até 1920, Campina Grande apesar de sua importância econômica ainda não tinha energia elétrica, sendo a iluminação da cidade feita através do uso do querosene. O prefeito Cristiano Lauritzen adquiriu um motor de 100 CV e um gerador de 65 KW. O dinheiro da compra do motor foi conseguido por uma comissão de campinenses composta pelo Coronel Jovino do Ó os comerciantes João Uchoa, Mário Cavalcanti e Genaro Cavalcanti, que arrecadaram quarenta contos de réis.
Por: Karina Amâncio
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• A
iluminação Pública da cidade da Parahyba: século XIX e início do século XX.
Revista de História e Estudos Culturais. Abril/Maio/ Junho de 2009. Vol. 6 ano
VI nº 2. www.revistafenix.pro.br.
ISSN 1807-6971.
• PORTO,
Francisco Evangelista. O mapa da cidade:
o papel das políticas públicas e suas
relações com crescimento urbano da cidade de Campina Grande - PB. /
Francisco Evangelista Porto – Campina Grande – UEPB,2007.
• estacoesferroviarias.com.br
• Google
imagens.
Nenhum comentário:
Postar um comentário